Dividendos
De cara, você me aparece pelado. Ela te pega. E chora. Eu, idiota de novo, faço piada. Te ouço, toco, cheiro e vejo. Tudo de uma vez. Você é limpo, aquecido, pesado, medido, vestido, alimentado. Te encubam. Volto heroico, para ver nossa mulher. Divido e sei que dividirei muitas vezes mais. Dividira antes. Mas era com a princesinha. Agora é contigo. Branquelo e sacudo. Sacana, você vai me quebrando. Derrubando o muro de grosseria estúpida. Vai me encantando com o passar do tempo. Vai me descobrindo. E eu, descubro você. Meses, de porradas e provações, se apresentam. Você e sua irmã me realimentam. E eu vou engordando de bem-querer. Você acorda, e cedo me busca. Me cutuca e me acorda. Me belisca, me bate e me arranha. Me baba, puxa meu cabelo, minha barba, meus pelos. A casquinha da minha ferida. Seus dentinhos nascem. E você aproveita para me morder. Finjo que ainda durmo. Depois acordo te assustando. Você ri, me derreto. Rouba tudo. Tenta até roubar minha bebida. ...