Choro de neném
Choro de neném
Hoje Me perguntam: Pai chora?
Tem q ser homem pra ser pai.
E homem não chora!
Mas e pai? Pai chora?
Se homem não mostra q chora
Mas chora, imagina o pai
Q chora só por ser pai!
Choro de cria, riso de cria,
Tudo traz a garganta rija,
Tudo é novo no ato da cria.
Não sei se sou eu q crio,
Se Me iludo, se invento.
Não sei se foi o vento
Se foi de dia, se foi meu tempo
Q eu crescia, q Me vencia.
Mas sei q choro e rio,
Q não tem mas dia frio.
Q mesmo qdo não choro,
E não choro na rua,
Por dentro a coisa é boa
Como o choro de quem flutua.
E no choro a alma é nua.
E meu choro é alma sua.
Eu choro na gota de gente
E as gotas da gente se misturam.
E vc estava nua, ainda crua.
Pequena de tudo e grande.
Muda minha maré, q nem a Lua.
Eu, pai oceano, nado em mim
Na gota sua. Gota minha.
Choro de pai. Me atenua.
Hoje Me perguntam: Pai chora?
Tem q ser homem pra ser pai.
E homem não chora!
Mas e pai? Pai chora?
Se homem não mostra q chora
Mas chora, imagina o pai
Q chora só por ser pai!
Choro de cria, riso de cria,
Tudo traz a garganta rija,
Tudo é novo no ato da cria.
Não sei se sou eu q crio,
Se Me iludo, se invento.
Não sei se foi o vento
Se foi de dia, se foi meu tempo
Q eu crescia, q Me vencia.
Mas sei q choro e rio,
Q não tem mas dia frio.
Q mesmo qdo não choro,
E não choro na rua,
Por dentro a coisa é boa
Como o choro de quem flutua.
E no choro a alma é nua.
E meu choro é alma sua.
Eu choro na gota de gente
E as gotas da gente se misturam.
E vc estava nua, ainda crua.
Pequena de tudo e grande.
Muda minha maré, q nem a Lua.
Eu, pai oceano, nado em mim
Na gota sua. Gota minha.
Choro de pai. Me atenua.
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