Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2021

Última noite (carta para os que vivem), para quando eu morrer

  E se fosse o último… Se realmente acabasse hoje. Não sou de escrever assim. Pensando em fim. Vivo mundano. Na ilusão de controle. Escrevo mundano, ébrio e noite. Mas a questão é outra. É se o fim fosse hoje. Independe de como. O ponto é ser final. Os que ficam é que me importam. Pois quem foi, no caso eu, não importo. Não pra quem não mais é. Mas pra quem ainda esperava algo de mim, meu fim é algo. E isto pode ser objeto de preocupação. Mesmo que fosse meu último dia. Ainda seria essa minha provável última ideia. E eles ainda teriam muitos pensamentos. Sentimentos. Quanto mais próximos os membros dos círculos de relacionamentos, de intimidade e de confiança, maiores seriam as dores. Não por ser especial. Mas porque é sempre assim. Coisa de gente. Nojentamente nos tornamos responsáveis por aqueles que cativamos, não é? Então faltar, nos prova que nada controlamos. E isso desespera. Literalmente tira a esperança. O senso de controle. Só nos resta o de pertencimento. De que fo...

SORTE

A o menos nos últimos 14 bilhões de anos venho dado sorte.  São muitos acasos astrofísicos, infinitos. Para chegar no que esse grupo vem chamando de Era Comum. E em 2020, já me identifico há mais de 40 ciclos solares. Digo do planetinha onde minha identidade habita e orbita este dito sol. É muita sorte.  Afora a improvável possibilidade gênica de, eu só ser eu, porque um específico espermatozoide, de curto tempo de individualismo, encontrou um específico óvulo. O resto continua sendo sorte, evolução biológica. Além de ter vindo num espaço geográfico privilegiado socialmente e ecologicamente. Num tempo que me permitiu desenvolver habilidades múltiplas e conhecer tecnologias como esta que uso. No caso a linguagem.  Então, se minha consciência vive 100 mil anos ou mil anos, será que faz diferença? E olha que mal vivemos cem ciclos. Nada dura muito na memória. Seletamos. E recriamos realidades. Tempo é espaço. O resto é ilusão de construtos mentais. E, com quarenta ciclos, es...

Três lições (mais um brinde) de bom senso e boa educação para um mundo melhor.

Lição número um: não ir aonde você não foi convidado. se deseja ir, pergunte primeiro se pode ir, quando pode ir e como deve ir.   Lição número dois: não é possível dialogar ou pedir calma pra quem está em desespero ou em fúria. apenas afaste-se dessa pessoa ou afaste essa pessoa dos seus. Lição número três:  tente sempre não ser um babaca. mas aprenda a reconhecer quem é e se afaste definitivamente destes. Brinde: se você está no meu ambiente, seja discreto. não queira me dizer como eu devo agir. respeite minha propriedade e meus sentidos. Gratidão!